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segunda-feira, 20 de abril de 2015

VIOLÊNCIA DOMESTICA


O PSICÓLOGO FRENTE A ESSE DESAFIO

1) Resumo:
            Este trabalho tem a proposta de abordar o tema da violência domestica contra a criança, o adolescente e a mulher, especialmente em tudo o que se seja o bem-estar, a integridade física, psicológica e o direito de existirem em uma sociedade que não pode tolerar este tipo de abuso. Este é um tema até hoje muito delicado e que, recentemente vem aumentando o número de vítimas, dentro do próprio ambiente familiar. Este quadro muito tem colaborado para o triste aumento da violência na convivência social. A proposta é a de posicionar o profissional da psicologia à este desafio, na tentativa de mostrar o que pode ser feito sobre esse tipo de violência. A conclusão que se deseja chegar é sobre a sua atualidade, apesar de ser uma prática antiga e que a sociedade como um todo deve compreender sobre a impossibilidade de este ato continuar a sobreviver dentro dos lares, pois é contrário a tudo o que se pode imaginar em termos de liberdade e integridade do indivíduo. A violência doméstica atinge muitas pessoas, não só as que sofrem a violência, como também seus familiares mais chegados, que formam que somam um número muito grande de vozes que se queixam de modo silencioso e escondido. Trata-se de uma contingência que alcança os dois sexos e não é habitual ser em um nível social específico, nem situação econômica, religiosa ou cultural.

2) Introdução:
         2.1- Problematização:
            - Repetidamente, este termo é empregado na descrição de um tipo de violência específica e a respeito das incidências de abuso explícito, onde as significações legais tendem a adotar este ponto de vista. Esta é uma questão muito complexa e enfrenta-la precisa de um composto de orientações de diversas naturezas, exigindo um amplo empenho de trabalho em grupo. Exige o trabalho de profissionais de diversas áreas, como a legal, assistencial e psicossocial.
            - Pesquisa 1:
            Autores: Zeidi Araujo Trindade, Maria Cristina Smith Menandro, Mirian Béccheri Cortez, Mariane Ranzani Ciscon-Evangelista, Paola Vargas Barbosa, Beatriz Baptista Tesche, Leandro Gama Moraes, Karina de Andrade Fonseca.
            Ano: 2009
            Título: Atendimento às Pessoas em Situação de Violência: o Lugar e as Práticas do Psicólogo em Programas da Região Metropolitana de Vitória/ES
            Metodologia usada: Pesquisa com entrevista visando o levantamento de dados quantitativos e qualitativos.
            Resultados obtidos:
1)      Conseguiu-se obter uma visão do que era para a comunidade o conceito de agressão e violência;
2)      Obtenção das principais características de programas em que os entrevistados e as entrevistadas operavam;
3)      Desempenho dos profissionais de Psicologia na comunidade analisada.
            Conclusões:
1)      Grande importância por permitir o contato com os programas preexistentes, como com o modo de atuação profissional;
2)      Constatou-se a existência de organizações governamentais que procuram acolher a uma demanda crescente por ajuda e assistência profissional. Várias dessas revelam possuir dificuldades em relação à estrutura básica e à manutenção de quadros de funcionários habilitados que admitam a ininterrupção com qualidade dos serviços;
3)       Revelou-se apenas a presença de um programa que proporciona serviços ao autor de violência;
4)      As informações fornecidas pelos profissionais de psicologia permitiram a identificação de fatores que prejudicam os desempenhos na área de assistência social:
a) ausência de preparação profissional para agir perante das demandas expostas;
b) definição vaga sobre suas funções e do espaço que o psicólogo deve ocupar nos programas que proporcionam atendimento nessa área;
c) alta rotatividade de profissionais nos locais de atuação.
Abordagem: Quantitativa e qualitativa.
- Pesquisa 2:
Autor: Cássia Araújo Moraes
Ano: 2011
Título: Violência doméstica contra a criança e rede de proteção social: uma análise sobre articulação em rede.
Metodologia usada: Método materialista dialético com coleta de dados por meio de entrevistas.
Resultados obtidos:
1)      A identificação da violência doméstica no município estudado se dá por intermédio de denúncias ao Conselho Tutelar, Ministério Público, Promotoria, CRAS, Delegacia de Polícia, Disque Denúncia etc.
Conclusões:
1)       Falta investimento do poder executivo para a criação de políticas e programas que acolham à criança, e especialmente para o fortalecimento da referida rede.
2)      Em um município que existe órgãos como Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, Secretaria municipal de Assistência Social, Centro de Referência em Assistência social, Defensoria, Ministério Publico, Promotoria e Universidade Federal, não existir uma articulação não apenas de atendimento à criança, mas uma estratégia no sentido de movimento de oposição, na reinvindicação  de melhoramentos não somente para a efetivação da política de atendimento, mas a progressos pautados na política de saúde, educação, de assistência social etc.
3)      A apreciação feita das condições palpáveis viabilizadas para a concretização da Política Nacional de Assistência Social no que tange à proteção social básica e especial percebeu-se que as ações relacionadas a estas proteções estão fragmentadas por motivos relacionados à ausência de investimento do poder público local.
Abordagem: Abordagem qualitativa.
- O objeto de estudo será o papel do psicólogo frente à violência doméstica e terá uma abordagem bibliográfica.
         2.2- Levantamento bibliográfico:
         São bem atuais, no Brasil, os empenhos para aumentar a comunicação e a notificação da violência. O que vem sendo feito vão do esclarecimento e orientação dos profissionais de instituições que fazem o atendimento de vítimas de violência, até questões legais envolvidas. Contudo, os alvos fundamentais desses atos têm sido as instituições de saúde e os profissionais que atuam nelas. As escolas muito dificilmente são recomendadas como importantes lugares em que as identificações podem ser feitas e de onde podem partir iniciar as comunicações. A literatura a respeito do assunto indica múltiplas indicações nas condutas dos alunos que podem ser sinais da violência que padecem. Contudo, estudos atuais mostram que os profissionais da escola têm pouca ciência a respeito da violência e das modificações que ela pode e produz nas vítimas e, desse modo, não atentam para os sinais emitidos pelos alunos, não identificando as violências de que são vítimas no domínio do lar. Adiciona-se também o fato de que ignorarem a legislação (Estatuto da Criança e do Adolescente) que os força à comunicação, mesmo que seja apenas suspeita e, também, o medo de se arriscar a implicações antagônicas que tal comunicação pode originar, como as desforras por parte dos atacantes (Ristum & Vasconcelos, 2007).
            No estudo de Inoue e Ristum (2008) é possível conferir seis maneiras pelos quais se dá a identificação da violência sexual na escola. São: pela declaração da própria vítima, apresentação de sinais corporais, ausências nas aulas, mudança do comportamento, conduta sexual inadequada e resposta a um questionamento.
            O modo mais simples de análises de crenças advém da pesquisa dos costumes do indivíduo, descritas como predisposições na avaliação de certos objetos de forma adequada ou adversa, por estas estarem em uma demonstração direta das crenças do ser (Ajzen & Cote, 2008; Schwarz, 2008).
            Munro (2008) nos oferece determinadas pistas a respeito das razões, tendo se deparado com que muitos indivíduos manifestam equívocas sobre o que é ou não é a violência doméstica, titubeando em qualificar algumas ações como tal, em particular aquelas em que não aparecem as marcas anatômicas aparentes, como tabefes, empurrões ou injúrias.
            Sun (2007) defende que as mulheres tendem a revelarem-se mais sentimentais a este tipo de condição, a ter empatia com o papel feminino, a avaliar a situação como mais grave, e a culpar o homem pelo episódio das agressões.
            Relativamente a resultados entre faixas etárias que sofreram violência, diferenças expressivas entre as pessoas mais jovens (na faixa dos 20-30 anos), que tiveram resultados mais altos, e os indivíduos mais velhos (na faixa dos 31-40 anos e maiores do que 51 anos), designadamente no fator “legitimação da violência pela conduta da mulher”. Este resultado mostra-se um pouco imprevisto, não sendo corroborado pela literatura científica. Uma hipótese para estes dados pode estar pautada com um fenômeno de “não sensibilização” diante da violência, o que poder ser visto nos grupos mais jovens, que estaria ligado à exposição a altas condições de violência, algumas vezes muito gráfica, por meio da mídia, publicidade, filmes, jogos de videogame, entre outros, é o que explica Wei, 2007.
            Em relação à escolaridade das pessoas, Stickley, Kislitsyna, Timofeeva e Vagerö (2008) constatam que, que quanto mais alto o grau de instrução mais baixos são os resultados obtidos na escala da violência doméstica, consistir em aqueles que têm cursos superiores em níveis mais altos, como mestrados e doutorados sempre estarem entre os níveis mais baios na escala desse tipo de violência.
            Em vários momentos, a violência psicológica motiva também mais prejuízos do que as corporais. Nascem igualmente síndromes sociais, e sequelas outras, com consequências tais como ausências ao trabalho, não comparecimento aos serviços de saúde, retraimento, alterações frequentes de emprego ou de cidade (Silva et al., 2007).
            Moreira et al. (2008), afirmam que a violência doméstica é influenciada por fatores sociais como: baixa escolaridade, desemprego, uso de drogas ilícitas e de álcool, sendo que este último considerado um dos fatores que precipitam episódios de violência.
            Audi et al. (2008) notaram também, em seus trabalhos, que a violência à mulher pode estar relacionado à história de reprodução da mulher como o acontecimento da primeira relação sexual antes dos 19 anos, a gravidez não planejada, recusa no uso do preservativo pelo companheiro, utilização de drogas ilícitas e lícitas, ter visto cenas de violência doméstica na infância.
            Mota et al. (2007) propõem que a informação do perfil das vítimas é um extraordinário instrumento para que os serviços sociais e de saúde possam direcionar suas ações em pontos estratégicos.
            Já Oliveira (2008) descreve que o modo mais corriqueiro de violência contra mulheres é a perpetrada por parceiros pessoais. Igualmente alude que o silêncio das mulheres a respeito da violência, tem origem no medo do agressor, desonra, por depender dele de modo financeiro, impunidade, ausência de serviços especializados e ausência de reconhecimento da circunstância vivida como violenta.
            Uma das razões seria a falta de capacitação de profissionais na detecção dos casos de violência por meio de queixas expostas pelas mulheres. Na maioria dos casos, os profissionais preferem à medicação e ocupam-se apenas dos sintomas físicos, não considerando os aspectos psicossociais, explicado por Moreira et al. (2008).
            Para que aconteça uma perfeita visualização da violência doméstica na rede básica de saúde é forçoso modificar a disposição dos serviços e os enfoques feitos pelos profissionais, para não priorizarem exclusivamente a realização de metas e a execução das técnicas recomendadas pelos programas. Precisam ser instituídas conversas e afinidades regulares entre os profissionais e usuários dos serviços (ANDRADE; FONSECA, 2008).
            Moreira et al. (2008), apontam que o desempenho dos profissionais de saúde, perante da violência, comumente é cerceada: de um lado, por problemas na identificação de prováveis casos de outro pelo fato de as pessoas não comunicarem a violência que sofreram. Assinalam, também, problemas na identificação, recepção e orientação das pessoas vítimas de violência para os serviços especializados, robustecendo a ideia de que, geralmente os profissionais não se sentem capazes de lidar com o problema.

3) Método:
         3.1- Pressupostos Teóricos:
            O estudo será feito por pesquisa bibliográfica, como explica, Fonseca:

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2008).[1]


         3.2- Recursos Metodológicos:
            O estudo será feito por método explicativo e descritivo por análise do discurso, sendo que as hipóteses fundamentais dessa apreciação podem ser sintetizadas em:
1) A acepção de uma palavra ou de uma expressão não vive em si própria, mas anuncia atitudes ideológicas no processo social e histórico no qual as analogias são reproduzidas;
2) O formato do discurso simula, pela pretensão de transparência e vinculação, concepções ideológicas (PÊCHEUX, 1988).
         3.3- Caracterização da Amostra:
            As seguintes etapas foram seguidas:
  a) demarcação dos critérios de escolha da amostra determinando critérios de        inclusão e exclusão de artigos;
  b) definição das informações a serem extraídas dos artigos;
                        c) crítica dos resultados do teor dos artigos;
                        d) evidência aos artigos que fazem uma relação entre violência doméstica e                                  procedimentos de saúde.
            A seleção dos artigos consistiu em:
a) publicações entre 2007 a 2007;
                        b) artigos nas línguas portuguesa e inglesa.
         3.4- Procedimento:
         O tema foi escolhido por ser atual e ao mesmo tempo constante, pois a violência doméstica existe desde que as relações familiares se estabeleceram nas diversas sociedades humanas e até os dias de hoje ela permanece existindo, na maioria das vezes de modo velado.
            Ele foi delimitado para se ater à atuação do profissional de psicologia frente à esse desafio, que é o atendimento às pessoas vítimas de violência doméstica. Atuação essa que se mostra difícil, pelo preconceito e estigma imposto pela própria família às vítimas, que muitas vezes as vêm como culpadas pelos atos sofridos.
            Elaborou-se então uma pesquisa bibliográfica com o recorte de tempo de publicações somente até a partir do ano de 2007, para ser mais atual e não abranger uma bibliografia não atualizada.
            Esta pesquisa encontrou algumas dificuldades em localizar bibliografia séria e atualizada sobre o tema, pois existem muitos trabalhos que não devem ser levados em consideração, pois se pareciam mais com livros de literatura comercial.
            Ao final, chegou ao total de 31 (trinta e um) documentos bibliográficos, além de dados retirados de 5 (cinco) sites da Internet.

4) Resultados e Análise dos resultados:
            É bem mais constante utilização do termo "violência doméstica" para a violência contra companheiros, principalmente contra a mulher. Porém, esta expressão designa também, qualquer outro indivíduo que sofra qualquer tipo de abuso corporal ou psicológico no recinto do lar. Local considerado sagrado, mas que em muitos casos esconde todo tipo de violência.
            Existem realmente muitas mulheres que padecem de algum tipo de violência por parte de seus companheiros, porém isso também ocorre com as crianças, adolescentes e idosos. São muito poucos os que dizem a alguma pessoa, seja amigo, alguém da família, vizinho ou até mesmo para a polícia. Estas pessoas, vitimadas por este tipo de violência são oriundas das mais diferentes camadas sociais, culturas, idades diversas, etnias e de todas as religiões. Juntas, compartilham sentimentos de incerteza, afastamento, culpa temor, insegurança e vergonha.
            A violência corporal, ou o espancamento é o tipo de ataque mais corriqueiro, chegando a requintes de terror com os agressores amarrando crianças com cordões ou correntes, espancando-as com artefatos, tais como cintos, vassouras, panelas, martelos, além de casos de pisoteamento até a morte. Sim, chegam s ser macabros.
            Porém, além das máculas no corpo, a violência doméstica determina ainda graves danos psicológicos, pois é na infância que são moldadas as características afetivas e de personalidade, que a criança levará por toda a vida de adulto (AZEVEDO; GUERRA, 2013).
            O indivíduo que é vitimado pela violência doméstica, comumente, apresenta baixa autoestima e se depara amarrado no relacionamento com seu agressor por dependência emocional ou material. O agressor normalmente culpa a própria vítima de ser a culpada por estas ofensivas, o que a faz sofrer por sentir culpa e vergonha. A vítima igualmente se sente transgredida e atraiçoada, já que o agressor sempre afirma, depois do ato de violência, que nunca mais irá reproduzir essa conduta, porém isso não é verdade e ele sempre torna a fazê-lo (aqui abrimos um parente para explicar que o pronome “ele” está sendo usado em sua acepção genérica, pois não são somente os homens que são agressores. Existem muitas mulheres que também são agressoras de seus filhos, pais e até mesmo dos seus maridos).
            Em muitas situações de aberta violência doméstica, elas continuam porque um dos participantes da relação apresenta uma aceitação e sente-se incapaz de se desprender do ambiente nocivo em que vive (CARDOSO, 2009).
         4.1- Tipos de Violência:
         4.1.1 - Violência Física
            A violência física caracteriza-se pelo uso da força com a clara intensão de ferir, com ou sem marcas aparentes. São corriqueiros os socos e bofetadas, ataques com vários objetos e queimaduras por peças ou líquidos queimantes. Quando é uma criança que sofre as agressões, além da violência ativa e corporal, igualmente é avaliado como violência as omissões cometidas por pais ou pelos responsáveis.
            No caso de homens, geralmente a violência física não é cometida abertamente. Pois como possuem normalmente maior vigor físico, podem ser perpetrados por terceiros, como profissionais que são pagos para isso ou mesmo parentes da mulher. Outro modo seriam as violências que são cometidas durante o sono, pois as vítimas masculinas são pegas de surpresa.
            A despeito de a sociedade se preocupar mais em cuidar das mulheres, crianças e adolescentes é bom destacar que um amplo número de excessos de violência doméstica são realizados contra os pais por adolescentes, avós por seus netos ou filhos. E são bem escassos os trabalhos nessa área.
            Não existindo uma posição de dependência do companheiro à circunstância de conflito em casa, a violência física pode eternizar-se por meio de intimidações de “vai ser muito pior” se a pessoa for às autoridades ou comentar com parentes. E isso vai continuar acontecendo a medida em existe a omissão do poder público ou quando as próprias autoridades complicam as campanhas de intervenções corretivas.
Figura 1 – Violência Doméstica por Sexo 

            O excesso de bebida alcoólica é um agudo agravante da violência doméstica corporal. A embriaguez patológica é uma condição onde o indivíduo fica muito agressivo, e muitas ocasiões não se recorda direito do que fez durante o tempo em que estava sob a influência do vício. Quando ocorre isso, além de ser complicado inibir a violência, comumente por falha das autoridades, ou já que o atacante quando está sóbrio "é ótima pessoa", de acordo com os depoimentos das esposas, ou porque é que sustenta a família e se ele for detido ninguém se sustentará e a situação vai continuando.
            Mesmo distinguindo os enormes problemas práticos de algumas situações, as mulheres que são vítimas dessa violência física podem ter uma certa parcela de culpa a partir do momento que isso acontece uma terceira vez, pois na primeira não sabia que a pessoa era agressiva. Na segunda vez ocorreu novamente por ela ter dado outra chance ao companheiro, mas na terceira vez, as desculpas tendem a se esvanecer (AZEVEDO, 2008). E acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são agredidas fisicamente por seus companheiros mais de um terço das mulheres no mundo[2].
         4.1.2 - A Violência Psicológica
            A violência psicológica muitas vezes é mais  prejudicial que  violência física, e se caracteriza por diversos tipos de sentimento como a rejeição, a depreciação, a discriminação, a humilhação, a afronta, o desrespeito e também por castigos extremos. É um tipo de agressão que não imprime nas vítimas marcas físicas, mas pode causar diversos transtornos emocionais que deixam marcas por toda a vida do indivíduo.
            Um tipo bem comum deste tipo de violência são os ataques histéricos que imobilizam emocionalmente o outro na satisfação de carências afetivas, de atenção e de importância. O agressor deseja que os membros da família se mobilizem em sua causa e usam alguma doença, dor, problema de saúde, ou seja, alguma condição que demande atenção, compreensão e tolerância (CAMARGO, 2011). A consideração sobre este tipo de violência baseada na histeria é acentuada por ser um modo de violência, usualmente impetrados por mulheres e padecidos por seus companheiros e familiares.
            Outro modo de violência emocional é quando a pessoa faz o outro se sentir inferior, culpado, dependente ou omisso, chegando a ser desprezível, pois é um tipo de agressão dissimulada. Alguns agressores desse tipo de violência é tão eficaz na abordagem, que o outro sente ser completamente incompetente em tudo o que faz o que deixa o agressor satisfeito pelo outro se sentir tão inferiorizado. Essa é uma agressão muito usada contra os filhos, quando estes não são o ser perfeito que alguns pais idealizaram. Mas também é muito cometido por maridos em relação às suas mulheres.
            Outro comportamento agressivo muito utilizado é o da agressão emocional de aversão ou oposição que é quando o agressor tem um comportamento oposto ao que se espera dele, como ficar muito no banheiro, deixar coisas fora do lugar como se fosse esquecimento, demorar para chegar em casa, etc. Inclusive algumas coisas da rotina do cotidiano servem à propósitos abusivos como torneiras pingando, portas de geladeira abertas... Mas essas coisas só se revelam agressivas quando representam atos reprovados por alguém da de dentro da casa.
            Este tipo de agressão mais velada normalmente é encontrado em companheiros depreciando a comida preparada pela mulher ou ao contrário quando a mulher se sentindo magoada com algum sucesso conseguido pelo marido o ridiculariza frente a outras pessoas.
            Tais atitudes destes agressores são vistas por eles mesmos como irrelevantes e inevitáveis, mas o problema é que são intencionais.
            Esses atacantes estão consecutivamente a justificando os seus atos de oposição como se fossem inteiramente irrelevantes, como se fossem válidas, fossem inevitáveis ou não fossem intencionais. (CAMARGO, 2011).
            Intimidações com agressões corporais ou morte, assim como os conflitos como quebra de objetos, móveis e destruição de documentos pessoais igualmente são avaliados como violência emocional, por inexistir a violência corporal direta. Assim como quando o indivíduo é é tolhido de sair de casa (acontece muito com os maridos contra as mulheres)  e o tranca dentro de casa, também configura uma violência psicológica, do mesmo modo nas ocorrências de controle exagerado  e  sem motivo dos consumos da casa como por exemplo, o uso do telefone.
         4.1.3 - Violência Sexual
            A violência sexual ocorre quando existe coerção visando à obtenção de participação em atividade sexual. A agressão sexual é o ato ou jogo sexual entre a criança ou adolescente e um familiar, sendo este familiar o responsável legal ou não pelo menor e por conhecidos, como também pode acontecer entre companheiros conjugais. Considera-se abuso sexual a exposição à materiais pornográficos, utilização de palavreado erótico, carinhos nos genitais e relações orais, anais e vaginais.
            Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2012, a violência sexual contra crianças e adolescentes ocupava o segundo lugar no quesito violência contra menores:

“... a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações, ficando atrás apenas da violência física (13,3%). Na faixa de 15 a 19 anos, esse tipo de agressão ocupa o terceiro lugar, com 5,2%, atrás da violência física (28,3%) e da psicológica (7,6%). Os dados apontam também que 22% do total de registros (3.253) envolveram menores de 1 ano e 77% foram na faixa etária de 1 a 9 anos. O percentual é maior em crianças do sexo masculino (17%) do que no sexo feminino (11%)” (PORTAL SAÚDE, 2012)[3].

            De acordo com a mesma pesquisa a maioria das agressões aconteceram na própria residência da criança e o meio empregado, na maioria das vezes foram a força corporal, seguido de espancamento e os atingidos foram em sua maioria os meninos. Boa parte dos agressores são pais ou outra pessoa da família, ou então pessoas de convivência bem próxima à criança e ao adolescente, como amigos e vizinhos.
            Quando acontece de ser descoberto pela família, muitos lares não se permitem que seja levado ao conhecimento das autoridades, pois poderia gerar “falatórios” na sociedade e por desfazer a ilusão de segurança. Nestes casos normalmente a vítima é privada do convívio social com o intuito de perpetuação do segredo e o núcleo familiar tende a se fechar. A única solução para estas vítimas é o atento olhar de professores e das pessoas que estão a sua volta fazendo parte de sua vida de algum modo.

Figura 1 – Violência contra crianças e adolescentes[4]

4.2 - Violência contra a mulher

  Contra a mulher, a violência abrange do mesmo modo todas as classes sociais. O que varia é que nas classes mais baixas aparecem mais nas estatísticas já que estas procuram a justiça, enquanto que as mulheres com melhores rendas e mais altos níveis de instrução, quando fazem, é apenas o boletim de ocorrência para mais tarde acionarem seus advogados.
  Estes crimes não são apenas físicos, como pontapés e soco, que chocam, e é lógico o choque, porém incluem-se nessa moléstia da sociedade ofensas morais e culturais, com clara demonstração de preconceitos.
  Facilmente percebido é no mercado de trabalho, onde impera a violência moral, pois ainda o século XXI existem organizações, que se dizem sérias, mas que não permitem a ascensão da mulher a cargos mais altos. E, em algumas, quando o são, os salários são inferiores ao do homem no mesmo cargo (MACHADO, 2013).
  O sentimento de frustração e culpa é uma constante em algumas mulheres por não “terem feito” o casamento dar certo. Como se a realização no casamento fosse apenas obra da mulher, mas é necessário o entendimento, que ainda hoje, existem muitas mulheres que são educadas para o cumprimento do papel de esposa e mãe tornando difícil a aceitação de que elas não têm culpa de o casamento ter falido. Algumas ainda trazem de si, o estigma de que falhar no casamento é pior do que continuarem casadas e por constrangimento ou vergonha, escondem que os maridos são violentos, na vã esperança de que eles um dia mudem. Porém, mais tarde não conseguem ver a saída em um relacionamento que só tende a se complicar.
  A vítima, então, se permite uma relação de co-dependência com o agressor, onde a dependência emocional, mais do que a financeira, a faz continuar vivendo com o seu algoz.
  Existem casos de marido que chegam a agredir a mulher em seus locais de trabalho, expondo-as à humilhação perante os colegas. Além de muitos casos de abusos sexuais de pais à filhas, após a mulher se afastar do lar.
  As estatísticas demonstram que as mulheres somente recorrem às delegacias femininas perante ameaças com armas de fogo ou quando os espancamentos deixam marcas ou quebram alguma parte de seu corpo.
  Elas se desculpam dizendo que sentem vergonha ou que têm medo que o agressor as machuquem mais como reação à sua denúncia.
  A separação em si não muita vezes não indica que a violência terminará, pois o marido continua a aborrecer a mulher, principalmente se ela vai viver com os filhos ou sozinha. Uma nova união pode fazer com que as agressões cessem.

4.3 - Fases da violência doméstica
            A violência doméstica se manifesta em ciclo que acontece com diversas fases até se tornar completamente vicioso e pode ser repetir por anos.
            Inicialmente vem a tensão, que ao se acumular começa a desabrochar em forma de atritos, insultos e ameaças. Logos após vem a agressão com a descontrole total de toda a tensão que se acumulou.
            A vítima é agredida com socos, pontapés, empurrões e em alguns casos com o usos de materiais físicos como objetos facilmente encontrados em qualquer casa como garrafas, vasos, cintos, etc. Após essa explosão segue-se uma reconciliação, com o agressor arrependido e pedindo perdão, com a promessa de mudança de comportamento. Este ciclo comumente se repete cada vez com menos intervalo e com mais violência, até ser infinito ou terminando com lesões graves ou mesmo com morte.

Figura 2– Violência doméstica[5]

         4.4 - O custo da violência doméstica
            Nos Estados Unidos, um levantamento estimou o custo com a violência contra as mulheres entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões ao ano6.
            Em estudos os bancos Mundial[6] e Interamericano de Desenvolvimento[7]estimaram que o custo total da violência doméstica varia entre 1,6% e 2% do PIB de um país.
            O Banco Mundial estima que nos países em desenvolvimento, de 5% a 16% de anos de vida saudável são arruinado nas mulheres em idade de reprodução, resultante da violência doméstica.
Figura 3 – Evolução dos casos de violência doméstica

5) Considerações Finais:
         A literatura pesquisada aponta que o tema da violência doméstica não nasce de modo espontâneo (MÉNDEZ, 2010; RAVAZZOLA, 2007; WALKER, 2009).
            O sigilo, o silêncio e o domínio sobre a relação de violência são elementos da própria dinâmica da violência que tornam inviáveis de se perceber tanto pelos membros da família e como por conhecidos ou outras pessoas do convívio diário. Pelo fato de psicólogos e outros profissionais da área saúde encontrarem dificuldades ao lidarem com a violência e questionarem a respeito dos atos de agressão diminui a probabilidade deste tema aparecer nas situações de atendimento
            Perante isso os profissionais devem admitir a dúplice tarefa de acatar as lamentações que aparecem e ao mesmo tempo formar condições para que a lamentação particular da violência possa ser verbalizada para fins de ponderação e interferência.
            É corriqueiro descobrir nos relacionamentos violentos uma dificuldade de racionalização do julgamento do que seria a violência. As agressões não são percebidas como violências desde que se conservem nos limites tolerados de maus tratos recíprocos ou unilaterais. Então, desde que não extrapolem os limites da agressão entendida como “autêntica” na atmosfera abrigada da família, os ataques, tanto corporais, sexuais ou psicológicos podem ser empregados com aceitação mútua, como um modo de resolução de problemas e autoridade na interação conjugal e doméstica (SUÁREZ e BANDEIRA, 2009).
            O local que seria de encargo social de cuidado com a família que a mulher normalmente ocupa é outro obstáculo para a explicitação da violência no ambiente terapêutico e em outras situações de acolhimento (DINIZ, 2009; WALKER, 2009). Essa função de cuidar da família a deixa em uma situação de risco nos relacionamentos de violência e ajuda a aclarar por que as mulheres são as vítimas, em mais de 80% (oitenta por cento) dos episódios de lesão corporal, e ameaças (BRAUNER, 2007). A probabilidade de abrandar a agressão em cargo da obrigação de cuidado do agressor tende a ser uma cilada discursiva que ampara todo um ciclo de relações violentas. Ao ser visto como alguém que faz jus a cuidados, o agressor termina sendo perdoado, pois seus atos violentos são vistos como indícios de uma doença, vício ou estresse (SAFFIOTI, 2008).
            Além de ser difícil estabelecer rapport e manter a conexão terapêutica, é imprescindível que os psicólogos fiquem sempre vigilantes aos conflitos decorrentes do acolhimento de casos de violência doméstica. O risco que se corre é o de se cessar a empatia conseguida para que se viabilize uma visão e compreensão mais direta e objetiva do problema situação ou da demanda que foi colocada pela pessoa que se está atendendo.
            Este procedimento, muitas assumido por respeitar a neutralidade e a não interposição na vida privada, promove a ascensão de tradições que deturpam e atrapalham a intervenção.
            Os profissionais devem estar sempre vigilantes, principalmente, para não repetirem circunstâncias de violência.
            Ao firmarem uma relação profissional com alguém que esteja frágil emocionalmente, o cuidado deve ser maior, pois este relacionamento não pode estar centrado de modo autoritário, agressivo ou que incentive a co-dependência.
            Atitudes que reforçam os papeis estereotipados e nocivos devem ser evitados, como os moldes de casamentos tradicionais e relações familiares baseadas em tradições antigas, assim como evitar ao máximo atitudes que coisificam o corpo.
            Deve-se ressaltar também que não se deve jamais desconsiderar as necessidades das vítimas e o direitos que todas possuem de opinarem sobre sua própria situação, pois esta atitude pode agravar a sua saúde mental.
           
6) Referências Bibliográficas:

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7) BIBLIOGRAFIA:

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Bibliografia Complementar

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[1]http://www.direitofranca.br/portal/arquivos/GuiaPraticoTCversao2.pdf
[2]http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE95J04X20130620
[3]http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/noticias-anteriores-agencia-saude/1958-
[4]http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/noticias-anteriores-agencia-saude/1958-
[5]http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=3165:dia-internacional-da-mulher&Itemid=498
[6]http://documents.worldbank.org/curated/en/2013/11/18621216/sexual-gender-based-violence-strategic-review
[7]http://www.iadb.org/res/laresnetwork/files/pr91finaldraft.pdf

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