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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

120 Pegadinhas em Língua Portuguesa -  parte 2



Pegadinha 6

Confesso que me simpatizei com ela.

O verbo simpatizar, como também seu antônimo antipatizar não são empregados com pronomes.
Portanto, escreve-se correto, grafando-se assim:

Confesso que simpatizei com ela.

Abaixo, seguem outros exemplos de frases corretamente escritas:

Você simpatizou com a moça, mas ela antipatizou com você.

Antipatizo com políticos em geral.

Simpatizamos com a nova professora.

Eles antipatizam conosco.


Pegadinha 7

Começou nevar hoje cedo em Urubici.

Certas notícias são dadas de modo negligente, sem nenhuma preocupação com as regras do
idioma. O verbo começar forma locução com outro verbo, no infinitivo, por intermédio da
preposição a. Exemplos:

Nice começou a chorar.

Naquela hora, Eliane começou a rir.

Começou a chover.

Eis a frase do topo corretamente escrita:

Começou a nevar hoje cedo em Urubici.


Pegadinha 8

Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare a desorganização.

O verbo reparar assume dois significados. O que irá determiná-los é a presença ou não da preposição em. Veja, a seguir:
Com a preposição em significa notar, observar: Repare nos exemplos que damos nesta lição de gramática.
Entre, mas não repare na bagunça.

Posso escrever, porém não reparem em meus erros de português.

Sem a preposição em, significa consertar, indenizar: O técnico reparou o computador que estava avariado.

A empresa reparou os danos causados.

O juiz condenou o prefeito a reparar os prejuízos sofridos pelos camelôs.

O mecânico reparará o motor do carro.

Então escreve-se corretamente a frase original da seguinte maneira:

Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare na desorganização.


Pegadinha 9

Residente à Rua Joana Sartóri.

As palavras residente, morador, situado e sua forma reduzida sito não admitem a preposição a
para ligar-se ao respectivo logradouro, mas, sim, a preposição locativa em. Não se diz, por exemplo, que um imóvel está situado a Campinas, porém em Campinas.
Veja os exemplos que seguem: 

O escritório, sito na Rua Filisbina, recebe seus clientes de segunda a sexta-feira. 

O prédio está situado na Avenida Duque de Caxias. 

Márcio, morador na Travessa Cotia, prestou depoimento ontem. Resido na Alameda Tabajara.

A frase do topo escrita corretamente fica assim:

Residente na Rua Joana Sartóri.


Pegadinha 10

Costuma se fazer bons negócios nesta feira.

O verbo concorda com o seu sujeito, na voz passiva. Observe que temos dois verbos, um auxiliar e outro, principal.
Veja outros exemplos de uso da voz passiva em situações semelhantes:

Não se podem prever essas situações. (Não podem ser previstas essas situações.) 

Devem-se devolver os crachás ao

final do evento. (Devem ser devolvidos os crachás ao final do evento.)

A frase inicial estaria corretamente escrita da seguinte maneira:

Costumam se fazer bons negócios nesta feira.



Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/120-pegadinhas-em-lingua-portuguesa








120 Pegadinhas em Língua Portuguesa -  parte 1


Pegadinha 1

Ela quer se aparecer.

Termo muito usado e completamente errado. Certos verbos são essencialmente pronominais como suicidar-se, por exemplo. Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes, como os verbos da dica anterior, simpatizar ou antipatizar.
Trazemos um desses verbos que jamais são usados com pronome, que é o verbo aparecer. Esse é um típico verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. Escreve-se corretamente, assim:

Ela quer aparecer.
Pegadinha 2

São os banqueiros que acabam lucrando.

Neste tópico a expressão é que não é genuinamente um verbo. Trata-se simplesmente de uma locução de realce, que a usamos, evidentemente, para dar destaque à ideia expressa na frase.
Por tratar-se de um mero adorno frasal, essa locução é totalmente dispensável sem prejuízo para o sentido da oração. Exemplo: É os banqueiros que acabam lucrando. = Os banqueiros acabam lucrando. (A igualdade é de significação, é lógico.)
Mais exemplos:
Só nós dois é que sabemos o quanto nos queremos bem. (Letra de canção portuguesa.) Seria ridículo dizer: Só nós dois somos que sabemos o quanto nos queremos bem. A frase original pode ser escrita, sem nenhum prejuízo para a sua significação: Só nós dois sabemos o quanto nos queremos bem.
É eles que representarão o presidente. Essa frase está correta. Estaria incorreta se fosse escrita assim: São eles que representarão o presidente. Se eliminarmos do contexto a expressão de realce é que, veremos que o sentido é o mesmo: Eles representarão o presidente.
Muito cuidado! Nas questões de português, sobre concordância verbal, as organizadoras de vestibulares e concursos públicos costumam usar, de vez em quando, frases desse tipo, induzindo o vestibulando ou concursando a considerá-las incorretas.
Concluindo, indicamos como escrita correta da frase do topo a seguinte construção:

É os banqueiros que acabam lucrando. 
ou
Os banqueiros é que acabam lucrando.

Lembrar: é que – é uma locução de realce.

Pegadinha 3

Inglaterra confirma invasão ao Iraque.

Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum. Porém, o que é possível acontecer é invasão de algum lugar. Escreve-se com correção, assim:

Inglaterra confirma invasão do Iraque.

Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos: 

Invasão de privacidade.

Invasão de domicílio.

A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem.

Pegadinha 4

O acidente aconteceu porque o motorista dormiu no volante.

Para que alguém consiga dormir no volante, é necessário que este seja, no mínimo, do tamanho de uma cama. Convenhamos, volantes desse tamanho ainda não foram fabricados. Então, melhor seria dormir no banco do automóvel ou, mais adequadamente, em uma cama com mais conforto. Quem dorme bem, dorme em algum lugar. Já "dormir próximo" ou "junto" significa dormir a (preposição) com o respectivo artigo (o ou a). O correto seria escrever:

O acidente aconteceu porque o motorista dormiu ao volante.

A seguir, outros exemplos de frases corretamente grafadas:

A moça dormiu ao computador.

O marinheiro dormiu ao timão.

Romeu dormia à janela de Julieta.

Pegadinha 5

Marcos é um parasita da mulher.

Parasita, com a final, é denominação exclusiva de certas plantas. Para pessoas e animais, usa-se parasito. O correto seria escrever:

Marcos é um parasito da mulher.

Eis outros exemplos de frases corretamente grafadas:

Raquel age como um parasito da mãe.

Há sujeitos que são autênticos parasitos da sociedade.

A pulga é um parasito, como também o é o carrapato.

Precisamos exterminar as parasitas que estão nessa árvore.

As parasitas debilitaram nosso pomar.


Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/120-pegadinhas-em-lingua-portuguesa












quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Relatório: o que, porque e como
Novo texto administrativo. A diferença deste texto é que ele existe fora do serviço público e perpassa vários níveis hierárqui­cos. Mais cedo ou mais tarde, a solicitação de um relatório chegará a você. E, para saber como fazer, consulte esta dica.
Relatório é um texto que conta o que aconteceu, porque, como, quando, e indica para que tudo se deu. Há relató­rios de parto, de pesquisa, de viagem, de estágio, de trabalho mensal, de vendas, de gastos... Em cada tipo e com cada finali­dade, há mais ou menos emoção. Amyr Klink relata suas viagens com emoção, ainda menos que uma mãe ao narrar o parto do filho. Já o controle interno do CNJ relata uma auditoria de maneira bem téc­nica, assim como um pesquisador deve ser o mais objetivo possível ao contar como fez suas pesquisas.
Qualquer que seja o tipo de relatório, uma característica comum é fundamental: precisão. Se não houver precisão de fatos, deixa de haver relatório. No CNJ, talvez todos façamos relatório. E, como deve ser: com correção gramatical.
A Associação Brasileira de Normas Técni­cas (ABNT) publicou, em agosto de 1989, a NBR 10719, que trata das “condições exigí­veis para a elaboração e a apresentação de relatórios técnico-científicos”.
Esse tipo de relatório (e muitos outros tam­bém) deve ter os elementos pré-textuais capa, folha de rosto, prefácio, resumo, lista de siglas, lista de ilustrações e sumá­rio. Claro que nem sempre todos estarão presentes. Importante destacar que, no começo de uma publicação, qualquer que seja, não se usa “índice”; o certo é “sumá­rio”, para indicar a paginação.
O texto propriamente dito abrange intro­dução, metodologia, procedimentos expe­rimentais, conclusão e recomendações. É a resposta ao como, porque e o que de uma vez só. As conclusões/recomen­dações devem ser feitas com clareza e ordem a partir das deduções dos expe­rimentos.
A terceira parte do relatório abrange agradecimentos, referências bibliográfi­cas, glossário, índice, ficha de identifica­ção, ficha de terceiros e terceira e quarta capa. De novo, nem sempre todos, mas aqueles que forem necessários. Ficou dúvida quanto às referências bibliográ­ficas no padrão ABNT? Clique e veja a NBR 6023.
E, para terminar, um relatório escrito por um delegado de Brasília sobre um crime, descrito em versos:

Já era quase madrugada
Neste querido Riacho Fundo
Cidade muito amada
Que arranca elogios de todo mundo
O plantão estava tranquilo
Até que de longe se escuta um zunido
E todos passam a esperar
A chegada da Polícia Militar
Logo surge a viatura
Desce um policial fardado
Que sem nenhuma frescura
Traz preso um sujeito folgado
Procura pela Autoridade
Narra a ele a sua verdade
Que o prendeu sem piedade
Pois sem nenhuma autorização
Pelas ruas ermas todo tranquilão
Estava em uma motocicleta com restrição

A versão completa está disponível aqui.


Ata: o registro do imprescindível

A ata é um ato oficial administrativo que consiste no registro sucinto, escrito, das decisões e dos acontecimentos havidos em reunião, congresso, mesa-redonda etc. O texto é escrito seguidamente, sem rasu­ras, entrelinhas ou entradas de parágrafos. Não pode haver espaços em branco; nume­rais são escritos por extenso; são evitadas abreviaturas.
O texto da ata é composto por seis partes sequenciadas segundo o fluxo da informa­ção, sem numeração:
1) dia, mês, ano e hora da reunião;
2) local da reunião;
3) nome das pessoas presentes seguido dos respectivos cargos;
4) ordem do dia;
5) fecho (que começa com “Nada mais havendo a tratar”, por exemplo);
6) assinaturas do presidente, do secretá­rio e de alguns participantes da reu­nião.

E se você escrever algo errado na ata? Se perceber o erro imediatamente, risque-o e escreva a seguir “digo”, entre vírgulas, e a forma correta. Se perceber só no final, escreva “Em tempo” e faça a indicação do erro e do conserto, com a respectiva linha do texto em que o erro ocorreu.
Instrução Normativa: organizando a rotina

Você sabe quais são os requisitos para ter direito a férias? Ou para receber ajuda de custo? Ou ainda como os servidores podem participar de educação corpora­tiva? Interessa saber sobre o Adicional de Qualificação?
A resposta a todas essas perguntas está aqui, no portal do CNJ: as instruções nor­mativas do CNJ, tanto as que estão em vigência quando as que já foram revo­gadas.
Como se define instrução normativa? É um documento de organização e ordenamento administrativo interno cujo objetivo é esta­belecer diretrizes, normatizar métodos e procedimentos e regulamentar matéria específica já disciplinada. No CNJ, é expe­dida pelo presidente ou pelo secretário­-geral ou pelo diretor-geral.

Quanto à forma, tem identificação, ementa, preâmbulo, o texto propriamente dito e assinatura, sendo muito parecida com a Resolução e a Portaria. 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Portaria e Resolução
Vamos tratar de dois expe­dientes da redação oficial que podem mudar as coisas, as pessoas, o modus operandi.
A portaria, no CNJ, é um ato emanando pelo presidente, pelo corregedor, pelo secretário-geral ou pelo diretor-geral des­tinado a instruir assuntos concernentes à administração (admissão, exoneração, elogio, punição etc.). Importante obser­var o uso correto de negrito, caixa alta e espaçamento e a diagramação do texto. A numeração das portarias é contínua por ano e independe do emissor; recomeça, portanto, a cada ano. Assim, há a por­taria n. 1 da Secretaria-Geral, a n. 1 da Diretoria-Geral e a n. 1 da Corregedoria. Como a numeração se reinicia, não há vírgulas entre o número da portaria e a respectiva data, no campo Identificação do Documento.
A resolução, no CNJ, é o ato normativo de competência do Plenário editado com a finalidade de estabelecer normas gerais no âmbito do Poder Judiciário, sendo dotada de caráter vinculante e geral. No portal do CNJ, no menu Atos Normativos, é possível pesquisar as resoluções ema­nadas pelo CNJ. Também é importante observar o uso correto de negrito, caixa alta e espaçamento e a diagramação do texto. A numeração das resoluções é contínua e nunca se reinicia, por isso há vírgula entre o número da resolução e a sua data, no campo Identificação do Docu­mento. Sempre quem assina a resolução é o presidente do CNJ.

Uma semana fantástica!
Pronomes de tratamento

Ao escrever um ofício, em pelo menos dois espaços – destinatário e vocativo –, é neces­sário usar os pronomes de tratamento, assunto da semana.
O uso de pronomes de tratamento parece remontar ao começo da língua portu­guesa, quando reis e rainhas, imperado­res e duques abundavam. Para cada um deles, há um pronome específico, como “vossa majestade, vossa alteza”. E também ao tempo em que apenas uma hierarquia religiosa era reconhecida, com seu “vossa reverendíssima, vossa eminência e vossa santidade”, usados, respectivamente, para sacerdotes, cardeais e papas.
Nas primeiras gramáticas do século XVI, foi feita a distinção de emprego entre “tu” e “vós” e começou o uso de termos espe­cíficos para designar ocupantes de cargos públicos, ao se fazer referência não à pes­soa, mas a alguma qualidade dela. Mais detalhes você lê aqui e aqui.
Então, em respeito à tradição, segundo o Manual de Redação da Presidência da República, usa-se:

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

a) do Poder Executivo: Presidente da República; Vice-Presidente da Repú­blica; Ministros de Estado; Governa­dores e Vice-Governadores de Estado
e do Distrito Federal; Oficiais-Gene­rais das Forças Armadas; Embaixado­res; Secretários-Executivos de Minis­térios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; e Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Depu­tados Estaduais e Distritais; Con­selheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; e Presidentes das Câma­ras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; e Auditores da Jus­tiça Militar.

O vocativo a ser empregado em comu­nicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

·         Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
·         Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
·         Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
·      As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
·         Senhor Senador,
·         Senhor Juiz,
·         Senhor Ministro,
·         Senhor Governador

Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

“Vossa Senhoria” é empregado para as demais autoridades e para particulares.
O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
Não cabe o tratamento “Ilustríssimo”. Basta “Senhor”.

Acrescente-se que “doutor” não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem con­cluído curso universitário de douto­rado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
No fecho, para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República, deve-se usar “Respeitosamente,” e para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, “Atenciosamente,”.


Uma semana bem tratada!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Redação oficial: para quê?
 

O foco volta-se para a redação oficial e, especificamente, para o ofício.
A redação oficial no Executivo segue o Manual de Redação da Presidência da República, publicado em 1991. Com base nele, órgãos do Judiciário, como o CNJ, escreveram os próprios manuais, especí­ficos às realidades internas.
A redação oficial é o modo pelo qual o poder público redige atos normativos e comunicações. É a tentativa de deixar iguais o documento produzido em Brasília e o escrito em Caçapava, por exemplo. As normas buscam a efetividade do texto e, com base em princípios constitucionais, devem estar presentes: impessoalidade, formalidade, clareza, concisão, uso da língua culta e uniformidade. Vamos deta­lhar cada um:
                Impessoalidade: sempre é a institui­ção que emite a mensagem, mesmo que esta seja assinada por alguém específico, assim como o destinatário é qualquer cidadão ou outra insti­tuição. O texto deve estar isento da interferência subjetiva de quem o escreveu.
                Formalidade: faz referência não só à padronização de tipo e corpo de letra, espaçamento e entrelinhamento, mas também à polidez e à civilidade no trato com o destinatário. A padroniza­ção determina os detalhes da diagra­mação do texto, mantendo-se a unifor­midade visual.
                Clareza: é a qualidade do texto que pos­sibilita a imediata compreensão pelo leitor e depende do uso do padrão culto da língua portuguesa, da formalidade e da padronização e da concisão.
                Concisão: é a característica do texto que transmite o máximo de informa­ção com o mínimo de palavras. Assim, prolixidade deve ser evitada e substi­tuições de palavras e expressões são bem-vindas.
                Uso da norma culta: cabe, na redação de textos oficiais, a aplicação de todas as regras determinadas pela gramática normativa. Não há espaço para varia­ção linguística.
                Uniformidade: busca que todos os tex­tos emitidos pelo CNJ apliquem exata­mente da mesma forma as regras da formalidade.
Talvez o expediente administrativo mais comum no dia a dia de várias seções do CNJ seja o ofício. Sempre destinado a órgãos externos e a particulares, é o expediente apto a tratar de assunto de ordem administrativa ou predominan­temente oficial. À exceção do fecho, todos os parágrafos são numerados. Recebe um número de controle asso­ciado ao emissor: Ofício n. XXX/SCS. A data é escrita por extenso: Brasília, 13 de janeiro de 2014. O destinatário é identificado pelo respectivo pronome de tratamento, nome em letras maiús­culas e pelo cargo ou função, a que se segue o nome do órgão a que pertence. O assunto faz referência ao que motivou o ofício. O vocativo invoca o destinatá­rio, com o uso do tratamento adequado a ele. O fecho saúda o destinatário e a assinatura é acompanhada pelo nome do cargo do remetente.
O texto do ofício deve obedecer aos princí­pios da redação oficial e ter começo, meio e fim. O assunto que motiva o ofício é expli­citado no primeiro parágrafo e os detalha­mentos vêm a seguir, com cada ideia em um parágrafo distinto.

Uma boa semana! J