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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Relatório: o que, porque e como
Novo texto administrativo. A diferença deste texto é que ele existe fora do serviço público e perpassa vários níveis hierárqui­cos. Mais cedo ou mais tarde, a solicitação de um relatório chegará a você. E, para saber como fazer, consulte esta dica.
Relatório é um texto que conta o que aconteceu, porque, como, quando, e indica para que tudo se deu. Há relató­rios de parto, de pesquisa, de viagem, de estágio, de trabalho mensal, de vendas, de gastos... Em cada tipo e com cada finali­dade, há mais ou menos emoção. Amyr Klink relata suas viagens com emoção, ainda menos que uma mãe ao narrar o parto do filho. Já o controle interno do CNJ relata uma auditoria de maneira bem téc­nica, assim como um pesquisador deve ser o mais objetivo possível ao contar como fez suas pesquisas.
Qualquer que seja o tipo de relatório, uma característica comum é fundamental: precisão. Se não houver precisão de fatos, deixa de haver relatório. No CNJ, talvez todos façamos relatório. E, como deve ser: com correção gramatical.
A Associação Brasileira de Normas Técni­cas (ABNT) publicou, em agosto de 1989, a NBR 10719, que trata das “condições exigí­veis para a elaboração e a apresentação de relatórios técnico-científicos”.
Esse tipo de relatório (e muitos outros tam­bém) deve ter os elementos pré-textuais capa, folha de rosto, prefácio, resumo, lista de siglas, lista de ilustrações e sumá­rio. Claro que nem sempre todos estarão presentes. Importante destacar que, no começo de uma publicação, qualquer que seja, não se usa “índice”; o certo é “sumá­rio”, para indicar a paginação.
O texto propriamente dito abrange intro­dução, metodologia, procedimentos expe­rimentais, conclusão e recomendações. É a resposta ao como, porque e o que de uma vez só. As conclusões/recomen­dações devem ser feitas com clareza e ordem a partir das deduções dos expe­rimentos.
A terceira parte do relatório abrange agradecimentos, referências bibliográfi­cas, glossário, índice, ficha de identifica­ção, ficha de terceiros e terceira e quarta capa. De novo, nem sempre todos, mas aqueles que forem necessários. Ficou dúvida quanto às referências bibliográ­ficas no padrão ABNT? Clique e veja a NBR 6023.
E, para terminar, um relatório escrito por um delegado de Brasília sobre um crime, descrito em versos:

Já era quase madrugada
Neste querido Riacho Fundo
Cidade muito amada
Que arranca elogios de todo mundo
O plantão estava tranquilo
Até que de longe se escuta um zunido
E todos passam a esperar
A chegada da Polícia Militar
Logo surge a viatura
Desce um policial fardado
Que sem nenhuma frescura
Traz preso um sujeito folgado
Procura pela Autoridade
Narra a ele a sua verdade
Que o prendeu sem piedade
Pois sem nenhuma autorização
Pelas ruas ermas todo tranquilão
Estava em uma motocicleta com restrição

A versão completa está disponível aqui.


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