Relatório: o que, porque e como
Novo
texto administrativo. A diferença deste texto é que ele existe fora do serviço
público e perpassa vários níveis hierárquicos. Mais cedo ou mais tarde, a
solicitação de um relatório chegará a você. E, para saber como fazer, consulte
esta dica.
Relatório
é um texto que conta o que aconteceu, porque, como, quando, e indica para que
tudo se deu. Há relatórios de parto, de pesquisa, de viagem, de estágio, de
trabalho mensal, de vendas, de gastos... Em cada tipo e com cada finalidade,
há mais ou menos emoção. Amyr Klink relata suas viagens com emoção, ainda menos
que uma mãe ao narrar o parto do filho. Já o controle interno do CNJ relata uma
auditoria de maneira bem técnica, assim como um pesquisador deve ser o mais
objetivo possível ao contar como fez suas pesquisas.
Qualquer que
seja o tipo de relatório, uma característica comum é fundamental: precisão. Se
não houver precisão de fatos, deixa de haver relatório. No CNJ, talvez todos
façamos relatório. E, como deve ser: com correção gramatical.
A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, em agosto de 1989, a NBR 10719,
que trata das “condições exigíveis para a elaboração e a apresentação de
relatórios técnico-científicos”.
Esse tipo de
relatório (e muitos outros também) deve ter os elementos pré-textuais capa,
folha de rosto, prefácio, resumo, lista de siglas, lista de ilustrações e sumário.
Claro que nem sempre todos estarão presentes. Importante destacar que, no
começo de uma publicação, qualquer que seja, não se usa “índice”; o certo é
“sumário”, para indicar a paginação.
O texto
propriamente dito abrange introdução, metodologia, procedimentos experimentais,
conclusão e recomendações. É a resposta ao como, porque e o que de uma vez só.
As conclusões/recomendações devem ser feitas com clareza e ordem a partir das
deduções dos experimentos.
A terceira
parte do relatório abrange agradecimentos, referências bibliográficas,
glossário, índice, ficha de identificação, ficha de terceiros e terceira e
quarta capa. De novo, nem sempre todos, mas aqueles que forem necessários.
Ficou dúvida quanto às referências bibliográficas no padrão ABNT? Clique e
veja a NBR 6023.
E, para
terminar, um relatório escrito por um delegado de Brasília sobre um crime,
descrito em versos:
Já era quase madrugada
Neste querido Riacho Fundo
Cidade muito amada
Que arranca elogios de todo mundo
O plantão estava tranquilo
Até que de longe se escuta um zunido
E todos passam a esperar
A chegada da Polícia Militar
Logo surge a viatura
Desce um policial fardado
Que sem nenhuma frescura
Traz preso um sujeito folgado
Procura pela Autoridade
Narra a ele a sua verdade
Que o prendeu sem piedade
Pois sem nenhuma autorização
Pelas ruas ermas todo tranquilão
Estava
em uma motocicleta com restrição
A
versão completa está disponível aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário. Ele é importante para que possamos sempre melhorar. Obrigado.