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segunda-feira, 18 de maio de 2015

SUCESSO NUMA MULTINACIONAL PEQUENA

SUCESSO NUMA MULTINACIONAL PEQUENA
"50 CASOS REAIS DE ADMINISTRAÇAO” - PETER DRUCKER


1 – RESUMO
O caso nos relata o sucesso da empresa suíça Urania A.G. que, ao contrário do que se pensa a respeito de multinacionais, não é de grande porte, possuindo apenas 900 pessoas seu quadro de funcionários.
Esta empresa, há mais de vinte anos atrás, estava a beira da falência e conseguiu sobreviver graças ao esforço de um ex-professor universitário e funcionário de um dos  maiores bancos suíços, que por estar entediado com seu trabalho resolveu se lança à empreitada “insana”, como dito por ele mesmo, de administrar a empresa.
A Urania A.G. fabricava engrenagens para ferrovias com sistemas de cremalheiras que ao tornar-se obsoleto foi substituído pelo sistema de cabos. E, apesar de possuir todos os produtos para este último sistema, nunca procurou vendê-los, mas mantinha grande estoque de peças para a antiga ferrovia e ainda havia montado equipes para a manutenção das mesmas.
            Hoje, a empresa é uma das mais lucrativas do mundo, pois é líder no segmento das engrenagens de precisão para meios de transporte especializados, tais como, bondinhos aéreos e teleféricos. Possui instalações em mais de trinta países e se concentra também na assistência técnica e em serviços de projetos.
            Segundo o seu administrador, ele só fez na empresa o que todos os livros de administração dizem que se deve fazer.

2. COMENTAR O CASO À LUZ DAS CONTRIBUIÇÕES DE ABRAHAN MASLOW, FREDERICK HERZBERG, DOUGLAS MCGREGOR E GEORGE ELTON MAYO. NESSES COMENTÁRIOS DEVE FICAR EVIDENCIADO QUE O ALUNO COMPREENDEU O CASO, OS ENSINAMENTOS DOS AUTORES EM FOCO E AS CORRELAÇÕES ENTRE O CASO E ESSES ENSINAMENTOS. É ESSENCIAL QUE HAJA COMENTÁRIOS BASEADOS NOS ENSINAMENTOS DE TODOS OS QUATRO AUTORES.

a) Afinal de contas o que motiva um empreendedor? Eis uma pergunta com muitas respostas. Mas vamos procurar uma que tenha algum alicerce, buscando a famosa pirâmide de Maslow, pois segundo ele, há uma hierarquia de necessidades a serem preenchidas e, conforme a pessoa satisfaz uma delas, tenta alcançar outra e mais outra. Então, assim que preenche suas necessidades fisiológicas (comer, lugar para dormir e etc.), a pessoa parte para a conquista da segurança (física, financeira, de saúde). Quando isso é satisfeito, aparece mais um fenda a ser preenchida, que é a necessidade de ser amado (por amigos, companheiro, filhos). A seguir, vem a auto-estima e a vontade de conquistar o respeito e a confiança dos demais. Enfim, a auto-realização, a busca por um conhecimento maior sobre si e o mundo. No caso do gestor da Urania A.G, antes de ele conhecer a empresa, sentia-se completamente insatisfeito com seu trabalho, pois já alcançara a satisfação total com ele. Quando viu que a empresa representava um novo desafio, resolveu lançar-se a ele sem pensar muito. E, transportando essas necessidades para a empresa, teríamos as necessidades de sobrevivência do negócio (pagar as contas, gerar dinheiro). No degrau seguinte, viria a necessidade da empresa ter identificação própria, de plantar raízes concretas no mercado. Após, viria o anseio de que o negócio tenha visibilidade e seja identificado com valor pelo mercado.
b) De acordo com a teoria de Herzberg, que está ligada diretamente às técnicas para a administração comportamental, os aspectos motivacionais dentro da empresa são de suma importância para o alcance dos objetivos pessoais e para a própria empresa, demonstrando como prevenir insatisfação e gerar satisfação.
Dentro de uma empresa os empregados que são motivados pela competência buscam o comando do trabalho, o desenvolvimento das atividades de resolução de problemas e esforçam-se em ser inovadores. Em geral executam um bom trabalho devido à satisfação interior que sentiram ao fazerem isso. As pessoas motivadas pela competência também esperam um trabalho de alta qualidade daqueles com quem interagem e tendem a tornar-se impacientes caso o seu trabalho saia com um nível inferior. Sua preocupação com a qualidade do trabalho é tão grande que a quantidade da produção e a importância dos relacionamentos humanos ficam em segundo plano.
Muito provavelmente foi um dos conceitos usados pelo administrador da Urania A.G., pois quando um funcionário tem prazer e motivação em trabalhar, o desenvolvimento empresarial é mais acelerado. O gerente tem um papel fundamental na motivação das pessoas. A influência gerencial sobre os subordinados exige liderança eficaz e uma contínua motivação da equipe. A motivação funciona como um impulsionador do comportamento humano.
c) Segundo McGregor na base de todas as decisões de qualquer gerente, seja qual for o seu posicionamento hierárquico, encontram-se convicções a respeito da natureza do comportamento humano. A teoria X considera a capacidade da maior parte das pessoas improvável e não muito expressiva. De acordo com essa teoria o trabalho só será produtivo se for encontrado algo que compense as deficiências mais comuns, tais como julgamento errôneo, passividade e irresponsabilidade. Já a teoria Y baseia-se na observação de que muitas pessoas, sob condições corretas, poderiam encontrar satisfação no trabalho, passando a despender um maior esforço, do que em resposta somente a coerção.
Possivelmente, o empresário em questão também lançou mão desta teoria ao gerenciar Urania A.G., pois por ser a teoria X um estilo gerencial da escola tradicionalista, com um princípio de dirigir e controlar através da autoridade, ele valeu-se da teoria Y onde se declara que nas organizações a colaboração humana é dosada muito mais pela sensibilidade, exigindo que os gerentes descubram como utilizar da melhor forma o potencial representado pela força de trabalho disponível.
Ao integrar os objetivos individuais com os da organização, a teoria Y destaca que o dispêndio do esforço físico e mental no trabalho é tão natural como a distração e o descanso. Que o ser humano praticará a auto-orientação e autocontrole a serviço dos objetivos que se empenhou em alcançar, e que este empenho é em função das recompensas atribuídas ao êxito da tarefa. E ainda que o ser humano médio aprende em condições apropriadas, não só a aceitar, mas também a de procurar responsabilidades e que a capacidade de exercer em grau relativamente elevado a imaginação, o talento e o espírito criador na solução de problemas organizacionais existe em larga escala nas pessoas e que nas condições de vida industrial moderna, as potencialidades intelectuais do ser humano médio são utilizadas parcialmente.
            d) A teoria da motivação procura explicar os porquês do comportamento das pessoas. Ao contrário de outras teorias, em que a motivação era pela busca do dinheiro e das recompensas salariais e materiais do trabalho, a experiência feita por Elton Mayo em Hawthorne demonstrou que o pagamento, ou recompensa salarial, não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador. Ele e sua equipe passaram a chamar a atenção para o fato de que o homem é motivado por recompensas sociais, simbólicas e não-materiais e que a compreensão da motivação do comportamento exige o conhecimento das necessidades humanas. A teoria chamou-se Teoria das Relações Humanas e constatou a existência de certas necessidades humanas fundamentais, que são:
·        Necessidades Fisiológicas – São as chamadas necessidades vitais ou vegetativas, relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. Exigem satisfação periódica e cíclica. As principais necessidades fisiológicas são as de alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de segurança física contra os perigos. A experiência de Hawthorne revelou que a Western Eletric desenvolvia uma política com relação ao seu pessoal que atendia plenamente às necessidades mais básicas dos empregados. Uma vez satisfeitas essas necessidades, elas passaram a não mais influenciar o comportamento deles. Deste modo, o comportamento passou a ser motivado por outras necessidades mais complexas: as necessidades psicológicas.
·        Necessidades Psicológicas – São necessidades exclusivas do homem. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades. As necessidades psicológicas são raramente satisfeitas em sua plenitude.
·        Necessidade de auto-realizarão – São produto da educação e da cultura e também elas, como as necessidades psicológicas, são raramente satisfeitas em sua plenitude, pois o homem vai procurando gradativamente maiores satisfações e estabelecendo metas recentemente sofisticadas. A necessidade de auto-realização é a síntese de todas as outras necessidades. É o impulso de cada um realizar o seu próprio potencial, de estar em contínuo auto-desenvolvimento no sentido mais elevado do termo.
A partir da teoria das relações humanas podemos inferir que o administrador da Urania A.G. usou esses conhecimentos em sua empresa e também em sua vida profissional, pois seu comportamento “insano” foi a tensão persistente que o levou a adquirir a empresa, visando a satisfação de sua necessidade de auto-realização

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