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quinta-feira, 7 de maio de 2015

CRISE FINANCEIRA DE 2008

SUMÁRIO











INTRODUÇÃO


O problema começou muito antes, com os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Na realidade os atentados miraram os EUA e acertaram o capitalismo, pois após aquela data, as famílias americanas se "interiorizaram" dentro de suas casas com medo do que pudesse vir pela frente. Dado que os gastos das famílias respondiam por 2/3 do Produto Nacional Bruto americano isso poderia gerar uma crise sem precedentes naquele país. Como estratégia, o governo reduziu consideravelmente as taxas de juros, com o intuito de levar as famílias novamente ao consumo. E deu certo, pois logo o consumo voltou ao normal. No entanto, com juros muito baixos, estas famílias se sentiram propensas a gastar com bens duráveis de grande vulto, como automóveis e casas.

Ainda estimulados pelo governo, os bancos concederam créditos a todo e qualquer tipo de pessoas (inclusive pessoas com relativo risco de inadimplência) por acreditarem que os juros permaneceriam baixos e o preço dos imóveis teriam valorização contínua ao longo dos anos que se seguiriam. Como tais créditos são concedidos tendo o próprio imóvel como garantia (hipotecas), os bancos acreditavam, e com razão, que no caso de inadimplência os imóveis poderiam ser confiscados e neste caso não haveria prejuízos ao sistema bancário. Achavam que a situação era tão segura que bancos americanos e europeus criaram fundos específicos para que pudessem angariar recursos e investir ainda mais nesta modalidade de empréstimos aos americanos. 

Tudo estava muito bem até que em 2006 um dos pilares de tal metodologia começou a ruir, pois o preço dos imóveis principiou a cair e em alguns casos, uma queda bastante vertiginosa. Ora, se o preço dos imóveis caíam, as garantias dos bancos (que são as hipotecas dos imóveis) também caíam. Logo, uma pessoa que estivesse pagando por estes imóveis um valor hipotético de um milhão de dólares e de repente se via que dada a desvalorização de tais bens, eles passaram a valer apenas meio milhão é óbvio pensar que o pagamento de tal dívida não compensa, consequentemente, deixam de pagar evitando prejuízos maiores e transferem as perdas para os bancos. Bancos estes que para evitar prejuízos maiores podem impedir os saques naqueles fundos específicos transferindo as perdas aos clientes, ou seja, aqueles que investiram naqueles fundos criados para levantar recursos para o sistema em questão. Isso gerou uma crise sistêmica de desconfiança e credibilidade que se espalhou pelo mundo e provocou uma correria generalizada, com o intuito de se minimizar os prejuízos. 

A situação dos europeus e de certa forma, de algumas economias asiáticas foi imensamente pior que a situação da America Latina, principalmente o Brasil. Prova disso é o desembolso de 125 bilhões de dólares pelo Banco Central Europeu e um trilhão de dólares desembolsado pelo Banco Central Japonês no final de 2007. As quedas e oscilações constantes nas bolsas do mundo inteiro a partir de novembro de 2007, sendo tais, mais intensas na Europa e Ásia, também comprovaram tudo isso. O problema estava no elo entre as economias americana, européias e asiáticas, cuja legislação permite atrelar investimentos em fundos de outros países, algo que no Brasil é apenas um estudo ainda. Por isso, se algo acontece numa dessas economias o efeito é direto e instantâneo. A falta de coordenação entre os Bancos Centrais (americano e europeu), também gerou e contribuiu para essa oscilação exagerada.







1. Principais crises financeiras internacionais


1.1 Crise de 1929


A crise de 1929 ficou conhecida como “Grande Depressão” e é a maior crise da história recente. Provavelmente causada pelo excesso especulativo em um mercado desregulamentado. Tem como data marcante o dia 24 de outubro de 1929, quando ocorreu a quebra da Bolsa de Nova York.

Além das diversas empresas que fecharam suas portas, um terço da população norte-americana perdeu seu emprego. O Brasil acabou sofrendo com os efeitos na queda do consumo, assim como diversos países em todo o mundo. Resultou dessa crise um estado mais intervencionista, participando da economia.

 1.2 Choque do petróleo


Após perderem a guerra com Israel, os países árabes resolveram reduzir a produção de petróleo e não fornecê-lo mais a alguns aliados da comunidade judaica, EUA, Europa e Japão. Entre 1973 e 1979 o preço desta “commodity” disparou e atingiu quase todas as economias no mundo o que fez com que a inflação disparasse, surgindo assim a recessão, em virtude dos altos custos de produção e logística. O resultado desta crise foi o fortalecimento da OPEP, a busca por energias alternativas, além de ter iniciado mais guerras no mundo.

 1.3 Crise das empresas “pontocom”


A partir de 1995 as chamadas empresas “pontocom” ganharam o mercado. Estas empresas, que possuíam um valor real baixo e lucros mínimos, foram avaliadas de uma forma especulativa, com base em um valor presumido da potencialidade de gerar ganhos. Porém, em março de 2000 e até o final do mesmo ano, elas perderam US$ 1,7 trilhão em valor do mercado, algo em torno de 90% do valor das ações. Fez-se necessário então, a revisão de sua regulamentação, a reestruturação da Nasdaq e a reorganização destas empresas.

1.4 Crise imobiliária


O problema começou muito antes, com os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Na realidade os atentados miraram os EUA e acertaram o capitalismo, pois após aquela data, as famílias americanas se "interiorizaram" dentro de suas casas com medo do que pudesse vir pela frente. Dado que os gastos das famílias respondiam por 2/3 do Produto Nacional Bruto americano isso poderia gerar uma crise sem precedentes naquele país. Como estratégia, o governo reduziu consideravelmente as taxas de juros, com o intuito de levar as famílias novamente ao consumo. E deu certo, pois logo o consumo voltou ao normal. No entanto, com juros muito baixos, estas famílias se sentiram propensas a gastar com bens duráveis de grande vulto, como automóveis e casas.

Ainda estimulados pelo governo, os bancos concederam créditos a todo e qualquer tipo de pessoas (inclusive pessoas com relativo risco de inadimplência) por acreditarem que os juros permaneceriam baixos e o preço dos imóveis teriam valorização contínua ao longo dos anos que se seguiriam. Como tais créditos são concedidos tendo o próprio imóvel como garantia (hipotecas), os bancos acreditavam, e com razão, que no caso de inadimplência os imóveis poderiam ser confiscados e neste caso não haveria prejuízos ao sistema bancário. Achavam que a situação era tão segura que bancos americanos e europeus criaram fundos específicos para que pudessem angariar recursos e investir ainda mais nesta modalidade de empréstimos aos americanos. 

Tudo ia muito bem até que em 2006 um dos pilares de tal metodologia começou a ruir, pois o preço dos imóveis principiou a cair e em alguns casos, uma queda bastante vertiginosa. Ora, se o preço dos imóveis caíam, as garantias dos bancos (que são as hipotecas dos imóveis) também caíam. Logo, uma pessoa que estivesse pagando por estes imóveis um valor hipotético de um milhão de dólares e de repente se via que dada a desvalorização de tais bens, eles passaram a valer apenas meio milhão é óbvio pensar que o pagamento de tal dívida não compensa, consequentemente, deixam de pagar evitando prejuízos maiores e transferem as perdas para os bancos. Bancos estes que para evitar prejuízos maiores podem impedir os saques naqueles fundos específicos transferindo as perdas aos clientes, ou seja, aqueles que investiram naqueles fundos criados para levantar recursos para o sistema em questão. Isso gerou uma crise sistêmica de desconfiança e credibilidade que se espalhou pelo mundo e provocou uma correria generalizada, com o intuito de se minimizar os prejuízos. 

A situação dos europeus e de certa forma, de algumas economias asiáticas foi imensamente pior que a situação da America Latina, principalmente o Brasil. Prova disso é o desembolso de 125 bilhões de dólares pelo Banco Central Europeu e um trilhão de dólares desembolsado pelo Banco Central Japonês no final de 2007. As quedas e oscilações constantes nas bolsas do mundo inteiro a partir de novembro de 2007, sendo tais, mais intensas na Europa e Ásia, também comprovaram tudo isso. O problema estava no elo entre as economias americana, européias e asiáticas, cuja legislação permite atrelar investimentos em fundos de outros países, algo que no Brasil é apenas um estudo ainda. Por isso, se algo acontece numa dessas economias o efeito é direto e instantâneo. A falta de coordenação entre os Bancos Centrais (americano e europeu), também gerou e contribuiu para essa oscilação exagerada.









2. O engano de que a fragilidade exterior tinha sumido


3. O caráter da crise e suas implicações


4. Efeitos da crise sobre a economia brasileira


No caso do Brasil, o efeito foi indireto e passou por uma reestruturação das carteiras de investimentos de grandes grupos corporativos que especulavam a nível global e tendiam a se concentrar em investimentos mais seguros (mesmo com rentabilidade menor), o que os fez sair de economias emergentes como o Brasil (que pagavam juros relativamente muito altos), e por medidas de segurança se voltaram a economias mais fortes, onde poderiam obter maiores garantias (como os referidos repasses dos Bancos Centrais acima citados) e apresentavam um histórico melhor (sem moratórias). A situação do Brasil era muito diferente de anos antes, pois o país tinha a consciência e a importância de manter o sistema em funcionamento e com alta credibilidade (base da motivação dos diversos Bancos Centrais em intervir e conter a correria, mesmo de forma não coordenada), algo que não existia à época do “crash” em Nova York.

Mesmo com estas ações dos Bancos Centrais, o crédito mundial ficou cada vez mais escasso, como em todo período de incerteza, pois os investidores internacionais migraram para investimentos mais seguros. Então surgiram os primeiros efeitos para o Brasil. Primeiro, a evasão de capital, desvalorizando o Real. Por um lado, podia ser bom, pois o Real estava valorizado demais devido à crescente recepção de investidores especulativos em busca de alta rentabilidade, dada pela alta taxa de juros. Mas não era interessante que nossa moeda  se desvalorizasse muito em tão pouco tempo. Seria melhor se ficasse num patamar mais estável. O segundo problema: a obtenção de financiamento. As empresas brasileiras teriam maiores dificuldades de obter crédito pelo mundo e, se conseguissem, com certeza estariam mais caros. Isso poderia atrapalhar o momento de internacionalização das empresas brasileiras.

Em terceiro surge a grande pergunta que restou: quão grande seria a recessão americana? Uma desaceleração da economia americana significa menos exportação para esse importante parceiro comercial brasileiro. Menos exportação é igual a menos produção, que é igual a menos renda, que é igual a menos consumo, que é igual a menos produção, que é igual a menos renda...
Mesmo considerando rapidamente todas estas possibilidades ainda existiam fatores tranquilizantes para o cenário futuro da economia brasileira, baseando-se principalmente nos seguintes fatores:

  • Um pequeno percentual do PIB brasileiro era advindo do setor externo. A demanda interna sustentava fortemente o crescimento.

  • Reservas suficientes para segurar o câmbio.

  • O sistema bancário não tinha a sofisticação necessária para ser afetado pela crise. Os bancos brasileiros não eram internacionalizados o suficiente para ter algum tipo de dificuldade com o “subprime”.



5. O que refletiu na economia do Brasil


6. Entraves conferidos à política fiscal


7. Um pouco de convergências


8. O que veio depois


9. Como o Brasil superou a crise


10. Decisões econômicas



REFERÊNCIAS


DRUCKER, Peter Ferninand. Inovação e Espírito Empreendedor (Entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

FERREIRA, Armando Leite. Rota de Navegação: Desafio SEBRAE. Rio de Janeiro: Expertbooks, 2006.

FERRERA, Ademir; FONSECA, Ana Carla Reis; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias – evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7. edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 1986.

SEDEC, Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Proadi beneficia empresa de mineração. Disponível em:
<http://www.sedec.rn.gov.br/>. Acesso em: 14 jun. 2012.

TACHIZAWA, Takeshy; REZENDE, Wilson. Estratégia empresarial: tendências e desafios - um enfoque na realidade brasileira. São Paulo: Mackron Books, 2000.


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Anexo I


PEQUENO ESTUDO DE CASO

RESUMO

O presente artigo analisa uma concisa iniciação no contorno de uma empresa que atua na exportação de pedras ornamentais. Como esta empresa agiu em face ao desafio que encontrou pela frente? O ideal seria trilhar o caminho do aperfeiçoamento e compreensão da atividade e suas mudanças, e isso foi possível a partir da conjugação de constatações e considerações acerca do cenário mundial e das condições internas da empresa.

Palavras chaves: exportação, pedras ornamentais, crise econômica

1 INTRODUÇÃO

A mineração é uma prática antiga no mundo e que contribui muito com o desenvolvimento de diversas regiões no Brasil e no mundo. Presentemente a sua importância está enfocada no desenvolvimento de um país, pois o a indústria de uma nação está relacionada a sua produção mineral, tendo em vista o uso ativo dos mesmos nos mais diversos ramos da indústria. Sendo assim, é ressaltado que para uma empresa exportadora, inserida nesse conjunto globalizado atual, poder continuar a ter prosperidade em seu setor deverá ajustar-se ao tempo e espaço em que está inserida. Portanto, ações, gestões e técnicas que as empresas mais antigas apresentavam, não são mais aplicáveis, motivado pelas constantes mudanças que esse novo mercado acomoda. Mudanças que não ocorrem apenas em âmbito nacional, mas também em âmbito internacional, devido a uma maior ligação entre as economias dos países nesse mercado globalizado. E, em época de crise financeira, o cenário mostra-se ainda mais conturbado. Sendo assim tem-se como objetivo geral deter o conhecimento sobre a influência da boa gestão na multiplicação das exportações da empresa.


2. 

O Brasil é um dos principais produtores mundiais de minérios, registrando em 2007 a produção de 83 substâncias minerais, com destaque para ferro, ouro, granito, calcário e bauxita, responsáveis por 70% do valor total da PMB (Produção Mineral Brasileira). Em 2007 atingiu a cifra de US$ 6,0 bilhões. As expectativas de retorno dos investimentos no setor mineral brasileiro eram altamente favoráveis, considerando que o cenário econômico era de estabilidade política e de desenvolvimento industrial. Constatava-se um quadro de demanda reprimida representada por uma população crescente, pela baixa densidade da produção mineral (US$764,71/km2) e pela defasagem de 1 para 10 do índice de consumo mineral por cidadão brasileiro quando comparado com aqueles dos países do primeiro mundo.

Infelizmente este panorama mudou radicalmente. Inúmeras empresas brasileiras do setor sofrem com a mudança econômica mundial. Várias empresas de grande porte já demitiram milhares de empregados e colocaram outros tantos em férias coletivas. O que fazer para tentar reverter um quadro que se mostrava tão cinza?

Uma das primeiras medidas pensadas por todo gerente, sem dúvida é a demissão, pois o empresário tende a ver o empregado como custo, e um custo muito alto, se forem considerados os encargos trabalhistas que um só empregado gera. A segunda opção é uma conseqüência direta da primeira, pois com menos empregados a tendência é um a freada brusca na produção. Ou seja, demitir e diminuir a produção. O que isso gera em um curto prazo para a empresa? Menos lucro. Apesar das demissões. Pois os empregados que ficaram teriam que trabalhar muito mais para cumprir os pedidos que já haviam chegado. E, operários trabalhando mais significam horas- extras. Além de um alto custo de manutenção das máquinas que ficarão ociosas. Afinal, máquinas ociosas também geram custos. E não seria uma solução vendê-las, pois sua recompra seria provavelmente mais cara.

Como solução, os gestores deveriam pensar não a curto prazo, mas em médio prazo. De acordo com os especialistas, os efeitos da crise financeira só chegariam ao Brasil com toda força em 2010. E isso podia ser comprovado historicamente. Na crise de 1929, só queimou-se sacas de café no Brasil a partir de 1931. Apesar da velocidade da comunicação dos dias de hoje, os efeitos da globalização são quase os mesmos. Ainda se trabalham com navios e com contratos.

A empresa em questão passou então a adotar o sistema de mini-férias coletivas em rodízio. Ou seja, grupos diferentes de empregados da produção saindo de férias aos poucos. Porém, somente depois de cumpridos todos os prazos assumidos.

Com a diminuição do volume de pedidos, que certamente ocorreu, esse sistema deu tempo de observar como o mercado se comportou, pois a tendência é de, com o decorrer do tempo e com as medidas que os governos estavam tomando, a economia se estabilizasse e provavelmente surgiriam soluções menos amargas e bruscas que comprometiam a produção do momento.
















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