SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O problema começou muito antes, com os
atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Na realidade os atentados miraram
os EUA e acertaram o capitalismo, pois após aquela data, as famílias americanas
se "interiorizaram" dentro de suas casas com medo do que pudesse vir
pela frente. Dado que os gastos das famílias respondiam por 2/3 do Produto
Nacional Bruto americano isso poderia gerar uma crise sem precedentes naquele
país. Como estratégia, o governo reduziu consideravelmente as taxas de juros,
com o intuito de levar as famílias novamente ao consumo. E deu certo, pois logo
o consumo voltou ao normal. No entanto, com juros muito baixos, estas famílias
se sentiram propensas a gastar com bens duráveis de grande vulto, como
automóveis e casas.
Ainda estimulados pelo governo, os
bancos concederam créditos a todo e qualquer tipo de pessoas (inclusive pessoas
com relativo risco de inadimplência) por acreditarem que os juros permaneceriam
baixos e o preço dos imóveis teriam valorização contínua ao longo dos anos que
se seguiriam. Como tais créditos são concedidos tendo o próprio imóvel como
garantia (hipotecas), os bancos acreditavam, e com razão, que no caso de
inadimplência os imóveis poderiam ser confiscados e neste caso não haveria
prejuízos ao sistema bancário. Achavam que a situação era tão segura que bancos
americanos e europeus criaram fundos específicos para que pudessem angariar
recursos e investir ainda mais nesta modalidade de empréstimos aos
americanos.
Tudo estava muito bem até que em 2006 um
dos pilares de tal metodologia começou a ruir, pois o preço dos imóveis
principiou a cair e em alguns casos, uma queda bastante vertiginosa. Ora, se o
preço dos imóveis caíam, as garantias dos bancos (que são as hipotecas dos
imóveis) também caíam. Logo, uma pessoa que estivesse pagando por estes imóveis
um valor hipotético de um milhão de dólares e de repente se via que dada a
desvalorização de tais bens, eles passaram a valer apenas meio milhão é óbvio
pensar que o pagamento de tal dívida não compensa, consequentemente, deixam de
pagar evitando prejuízos maiores e transferem as perdas para os bancos. Bancos
estes que para evitar prejuízos maiores podem impedir os saques naqueles fundos
específicos transferindo as perdas aos clientes, ou seja, aqueles que
investiram naqueles fundos criados para levantar recursos para o sistema em
questão. Isso gerou uma crise sistêmica de desconfiança e credibilidade que se
espalhou pelo mundo e provocou uma correria generalizada, com o intuito de se
minimizar os prejuízos.
A situação dos europeus e de certa
forma, de algumas economias asiáticas foi imensamente pior que a situação da America
Latina, principalmente o Brasil. Prova disso é o desembolso de 125 bilhões de
dólares pelo Banco Central Europeu e um trilhão de dólares desembolsado pelo
Banco Central Japonês no final de 2007. As quedas e oscilações constantes nas
bolsas do mundo inteiro a partir de novembro de 2007, sendo tais, mais intensas
na Europa e Ásia, também comprovaram tudo isso. O problema estava no elo entre
as economias americana, européias e asiáticas, cuja legislação permite atrelar
investimentos em fundos de outros países, algo que no Brasil é apenas um estudo
ainda. Por isso, se algo acontece numa dessas economias o efeito é direto e
instantâneo. A falta de coordenação entre os Bancos Centrais (americano e
europeu), também gerou e contribuiu para essa oscilação exagerada.
1. Principais crises financeiras
internacionais
1.1 Crise de 1929
A crise de 1929 ficou conhecida como
“Grande Depressão” e é a maior crise da história recente. Provavelmente causada
pelo excesso especulativo em um mercado desregulamentado. Tem como data
marcante o dia 24 de outubro de 1929, quando ocorreu a quebra da Bolsa de
Nova York.
Além das diversas empresas que fecharam
suas portas, um terço da população norte-americana perdeu seu emprego. O
Brasil acabou sofrendo com os efeitos na queda do consumo, assim como diversos
países em todo o mundo. Resultou dessa crise um estado mais intervencionista,
participando da economia.
1.2 Choque do petróleo
Após perderem a guerra com Israel, os
países árabes resolveram reduzir a produção de petróleo e não fornecê-lo mais a
alguns aliados da comunidade judaica, EUA, Europa e Japão. Entre 1973 e 1979 o
preço desta “commodity” disparou e atingiu quase todas as economias no mundo o
que fez com que a inflação disparasse, surgindo assim a recessão, em virtude dos
altos custos de produção e logística. O resultado desta crise foi o fortalecimento
da OPEP, a busca por energias alternativas, além de ter iniciado mais guerras no
mundo.
1.3 Crise das empresas “pontocom”
A partir de 1995 as chamadas empresas “pontocom”
ganharam o mercado. Estas empresas, que possuíam um valor real baixo e lucros
mínimos, foram avaliadas de uma forma especulativa, com base em um valor
presumido da potencialidade de gerar ganhos. Porém, em março de 2000 e até o
final do mesmo ano, elas perderam US$ 1,7 trilhão em valor do mercado, algo em
torno de 90% do valor das ações. Fez-se necessário então, a revisão de sua regulamentação,
a reestruturação da Nasdaq e a reorganização destas empresas.
1.4 Crise imobiliária
O problema começou muito antes, com os
atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Na realidade os atentados miraram
os EUA e acertaram o capitalismo, pois após aquela data, as famílias americanas
se "interiorizaram" dentro de suas casas com medo do que pudesse vir
pela frente. Dado que os gastos das famílias respondiam por 2/3 do Produto Nacional
Bruto americano isso poderia gerar uma crise sem precedentes naquele país. Como
estratégia, o governo reduziu consideravelmente as taxas de juros, com o
intuito de levar as famílias novamente ao consumo. E deu certo, pois logo o
consumo voltou ao normal. No entanto, com juros muito baixos, estas famílias se
sentiram propensas a gastar com bens duráveis de grande vulto, como automóveis
e casas.
Ainda estimulados pelo governo, os
bancos concederam créditos a todo e qualquer tipo de pessoas (inclusive pessoas
com relativo risco de inadimplência) por acreditarem que os juros permaneceriam
baixos e o preço dos imóveis teriam valorização contínua ao longo dos anos que
se seguiriam. Como tais créditos são concedidos tendo o próprio imóvel como
garantia (hipotecas), os bancos acreditavam, e com razão, que no caso de
inadimplência os imóveis poderiam ser confiscados e neste caso não haveria
prejuízos ao sistema bancário. Achavam que a situação era tão segura que bancos
americanos e europeus criaram fundos específicos para que pudessem angariar
recursos e investir ainda mais nesta modalidade de empréstimos aos
americanos.
Tudo ia muito bem até que em 2006 um dos
pilares de tal metodologia começou a ruir, pois o preço dos imóveis principiou
a cair e em alguns casos, uma queda bastante vertiginosa. Ora, se o preço dos
imóveis caíam, as garantias dos bancos (que são as hipotecas dos imóveis)
também caíam. Logo, uma pessoa que estivesse pagando por estes imóveis um valor
hipotético de um milhão de dólares e de repente se via que dada a
desvalorização de tais bens, eles passaram a valer apenas meio milhão é óbvio
pensar que o pagamento de tal dívida não compensa, consequentemente, deixam de
pagar evitando prejuízos maiores e transferem as perdas para os bancos. Bancos
estes que para evitar prejuízos maiores podem impedir os saques naqueles fundos
específicos transferindo as perdas aos clientes, ou seja, aqueles que
investiram naqueles fundos criados para levantar recursos para o sistema em
questão. Isso gerou uma crise sistêmica de desconfiança e credibilidade que se espalhou
pelo mundo e provocou uma correria generalizada, com o intuito de se minimizar
os prejuízos.
A situação dos europeus e de certa
forma, de algumas economias asiáticas foi imensamente pior que a situação da
America Latina, principalmente o Brasil. Prova disso é o desembolso de 125 bilhões
de dólares pelo Banco Central Europeu e um trilhão de dólares desembolsado pelo
Banco Central Japonês no final de 2007. As quedas e oscilações constantes nas
bolsas do mundo inteiro a partir de novembro de 2007, sendo tais, mais intensas
na Europa e Ásia, também comprovaram tudo isso. O problema estava no elo entre
as economias americana, européias e asiáticas, cuja legislação permite atrelar
investimentos em fundos de outros países, algo que no Brasil é apenas um estudo
ainda. Por isso, se algo acontece numa dessas economias o efeito é direto e
instantâneo. A falta de coordenação entre os Bancos Centrais (americano e
europeu), também gerou e contribuiu para essa oscilação exagerada.
2. O engano de que a fragilidade exterior tinha sumido
3. O caráter
da crise e suas implicações
4. Efeitos da crise sobre a economia brasileira
No caso do Brasil, o efeito foi indireto
e passou por uma reestruturação das carteiras de investimentos de grandes
grupos corporativos que especulavam a nível global e tendiam a se concentrar em
investimentos mais seguros (mesmo com rentabilidade menor), o que os fez sair
de economias emergentes como o Brasil (que pagavam juros relativamente muito
altos), e por medidas de segurança se voltaram a economias mais fortes, onde poderiam
obter maiores garantias (como os referidos repasses dos Bancos Centrais acima citados)
e apresentavam um histórico melhor (sem moratórias). A situação do Brasil era
muito diferente de anos antes, pois o país tinha a consciência e a importância
de manter o sistema em funcionamento e com alta credibilidade (base da
motivação dos diversos Bancos Centrais em intervir e conter a correria, mesmo
de forma não coordenada), algo que não existia à época do “crash” em Nova York.
Mesmo com estas ações dos Bancos
Centrais, o crédito mundial ficou cada vez mais escasso, como em todo período
de incerteza, pois os investidores internacionais migraram para investimentos
mais seguros. Então surgiram os primeiros efeitos para o Brasil. Primeiro, a
evasão de capital, desvalorizando o Real. Por um lado, podia ser bom, pois
o Real estava valorizado demais devido à crescente recepção de
investidores especulativos em busca de alta rentabilidade, dada pela alta taxa
de juros. Mas não era interessante que nossa moeda se desvalorizasse
muito em tão pouco tempo. Seria melhor se ficasse num patamar mais
estável. O segundo problema: a obtenção de financiamento. As empresas
brasileiras teriam maiores dificuldades de obter crédito pelo mundo e, se
conseguissem, com certeza estariam mais caros. Isso poderia atrapalhar o
momento de internacionalização das empresas brasileiras.
Em terceiro surge a grande pergunta
que restou: quão grande seria a recessão americana? Uma desaceleração da
economia americana significa menos exportação para esse importante parceiro
comercial brasileiro. Menos exportação é igual a menos produção, que é igual a
menos renda, que é igual a menos consumo, que é igual a menos produção, que é
igual a menos renda...
Mesmo considerando rapidamente todas
estas possibilidades ainda existiam fatores tranquilizantes para o cenário
futuro da economia brasileira, baseando-se principalmente nos seguintes
fatores:
- Um
pequeno percentual do PIB brasileiro era advindo do setor externo. A
demanda interna sustentava fortemente o crescimento.
- Reservas
suficientes para segurar o câmbio.
- O sistema
bancário não tinha a sofisticação necessária para ser afetado pela crise.
Os bancos brasileiros não eram internacionalizados o suficiente para ter
algum tipo de dificuldade com o “subprime”.
5. O que refletiu na economia do Brasil
6. Entraves conferidos à política fiscal
7. Um pouco de
convergências
8. O que veio depois
9. Como o Brasil superou a crise
10.
Decisões econômicas
REFERÊNCIAS
DRUCKER, Peter Ferninand. Inovação e
Espírito Empreendedor (Entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo:
Pioneira Thomson, 2002.
FERREIRA, Armando Leite. Rota de
Navegação: Desafio SEBRAE. Rio de Janeiro: Expertbooks, 2006.
FERRERA, Ademir; FONSECA, Ana Carla
Reis; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias –
evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.
PORTER, Michael E. Estratégia
competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7. edição. Rio
de Janeiro: Elsevier, 1986.
SEDEC, Secretaria de Desenvolvimento
Econômico. Proadi beneficia empresa de mineração. Disponível em:
<http://www.sedec.rn.gov.br/>.
Acesso em: 14 jun. 2012.
TACHIZAWA, Takeshy; REZENDE, Wilson.
Estratégia empresarial: tendências e desafios - um enfoque na realidade
brasileira. São Paulo: Mackron Books, 2000.
.
Anexo I
PEQUENO ESTUDO DE CASO
RESUMO
O presente artigo analisa uma concisa
iniciação no contorno de uma empresa que atua na exportação de pedras
ornamentais. Como esta empresa agiu em face ao desafio que encontrou pela
frente? O ideal seria trilhar o caminho do aperfeiçoamento e compreensão da
atividade e suas mudanças, e isso foi possível a partir da conjugação de
constatações e considerações acerca do cenário mundial e das condições internas
da empresa.
Palavras chaves: exportação, pedras
ornamentais, crise econômica
1 INTRODUÇÃO
A mineração é uma prática antiga no
mundo e que contribui muito com o desenvolvimento de diversas regiões no Brasil
e no mundo. Presentemente a sua importância está enfocada no desenvolvimento de
um país, pois o a indústria de uma nação está relacionada a sua produção
mineral, tendo em vista o uso ativo dos mesmos nos mais diversos ramos da
indústria. Sendo assim, é ressaltado que para uma empresa exportadora, inserida
nesse conjunto globalizado atual, poder continuar a ter prosperidade em seu setor
deverá ajustar-se ao tempo e espaço em que está inserida. Portanto, ações, gestões
e técnicas que as empresas mais antigas apresentavam, não são mais aplicáveis, motivado
pelas constantes mudanças que esse novo mercado acomoda. Mudanças que não
ocorrem apenas em âmbito nacional, mas também em âmbito internacional, devido a
uma maior ligação entre as economias dos países nesse mercado globalizado. E,
em época de crise financeira, o cenário mostra-se ainda mais conturbado. Sendo
assim tem-se como objetivo geral deter o conhecimento sobre a influência da boa
gestão na multiplicação das exportações da empresa.
2.
O Brasil é um
dos principais produtores mundiais de minérios, registrando em 2007 a produção
de 83 substâncias minerais, com destaque para ferro, ouro, granito, calcário e
bauxita, responsáveis por 70% do valor total da PMB (Produção Mineral
Brasileira). Em 2007 atingiu a cifra de US$ 6,0 bilhões. As expectativas de
retorno dos investimentos no setor mineral brasileiro eram altamente favoráveis,
considerando que o cenário econômico era de estabilidade política e de
desenvolvimento industrial. Constatava-se um quadro de demanda reprimida
representada por uma população crescente, pela baixa densidade da produção
mineral (US$764,71/km2) e pela defasagem de 1 para 10 do índice de consumo
mineral por cidadão brasileiro quando comparado com aqueles dos países do
primeiro mundo.
Infelizmente
este panorama mudou radicalmente. Inúmeras empresas brasileiras do setor sofrem
com a mudança econômica mundial. Várias empresas de grande porte já demitiram
milhares de empregados e colocaram outros tantos em férias coletivas. O que
fazer para tentar reverter um quadro que se mostrava tão cinza?
Uma das
primeiras medidas pensadas por todo gerente, sem dúvida é a demissão, pois o
empresário tende a ver o empregado como custo, e um custo muito alto, se forem
considerados os encargos trabalhistas que um só empregado gera. A segunda opção
é uma conseqüência direta da primeira, pois com menos empregados a tendência é
um a freada brusca na produção. Ou seja, demitir e diminuir a produção. O que
isso gera em um curto prazo para a empresa? Menos lucro. Apesar das demissões.
Pois os empregados que ficaram teriam que trabalhar muito mais para cumprir os
pedidos que já haviam chegado. E, operários trabalhando mais significam horas-
extras. Além de um alto custo de manutenção das máquinas que ficarão ociosas.
Afinal, máquinas ociosas também geram custos. E não seria uma solução vendê-las,
pois sua recompra seria provavelmente mais cara.
Como solução, os
gestores deveriam pensar não a curto prazo, mas em médio prazo. De acordo com
os especialistas, os efeitos da crise financeira só chegariam ao Brasil com
toda força em 2010. E isso podia ser comprovado historicamente. Na crise de
1929, só queimou-se sacas de café no Brasil a partir de 1931. Apesar da
velocidade da comunicação dos dias de hoje, os efeitos da globalização são
quase os mesmos. Ainda se trabalham com navios e com contratos.
A empresa em
questão passou então a adotar o sistema de mini-férias coletivas em rodízio. Ou
seja, grupos diferentes de empregados da produção saindo de férias aos poucos.
Porém, somente depois de cumpridos todos os prazos assumidos.
Com a diminuição
do volume de pedidos, que certamente ocorreu, esse sistema deu tempo de
observar como o mercado se comportou, pois a tendência é de, com o decorrer do
tempo e com as medidas que os governos estavam tomando, a economia se
estabilizasse e provavelmente surgiriam soluções menos amargas e bruscas que
comprometiam a produção do momento.
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